A Região do Nordeste de Amaralina é composta pelos bairros: Santa Cruz, Vale das Pedrinhas, Nordeste de Amaralina e Chapada do Rio Vermelho, com uma população de aproximadamente 100.000 (cem mil) habitantes, em sua maioria de cor negra, e carece de ações públicas de lazer, ambiente de ensino superior e pesquisas científicas.
Acredita-se que a configuração atual da Região do Nordeste de Amaralina, possivelmente, seja resultado do processo de urbanização iniciada a partir da década de 1950, enquanto o seu adensamento ocorreu em virtude dos movimentos migratórios de famílias oriundas do interior do Estado, principalmente do Recôncavo (ROCHA, 2016).
Visão Panorâmica da Região do Nordeste de Amaralina, Salvador - Bahia

De acordo com Dias (2017), o aglomerado de bairros Nordeste de Amaralina surgiu a partir da Sesmaria de Itaparica até chegar a José Félix da Cunha Menezes, herdeiro do Visconde do Rio Vermelho, sendo este proprietário de uma área que ia do final do Bairro Ondina até o Bairro Armação. Menezes fez uma proposta de urbanização da área, que nomeou de Cidade da Luz, e dividiu a extensa área em seis fazendas: Paciência, Alagoas, Ubaranas, Santa Cruz, Pituba e Armação do Saraiva.
 A Fazenda Alagoas foi comprada por José Alvares do Amaral, que nomeou de Amaralina. Ubaranas foi adquirida pela família Mendonça. A Fazenda Santa Cruz foi adquirida por João Gomes, depois foi desmembrada e vendida uma parte para a família Borges, na primeira metade do século XX (DIAS, 2017).
       Segundo Dias (2017), em 1881, a viúva herdeira de José Félix da Cunha Menezes vendeu a Fazenda Pituba para Manoel Dias da Silva, mais tarde foi passado a propriedade para o seu cunhado, Juventino Silva, hoje dá nome ao Parque da Cidade.
           Ainda Dias (2017), informa-nos que as Fazendas Amaralina, Ubaranas, Santa Cruz e Pituba são as áreas base do surgimento dos bairros do Nordeste de Amaralina, Santa Cruz, Chapada do Rio Vermelho e Vale das Pedrinhas.
          Na Região do Nordeste de Amaralina possui várias escolas do ensino fundamental e médio, postos de saúde, delegacia de polícia, diversas linhas de ônibus, intenso comércio com pequenos negociantes e oferta de serviços básicos, entretanto, ainda não há agência bancária, supermercado de grande porte, área de lazer, biblioteca pública dentre outros equipamentos públicos essenciais ao desenvolvimento humano (ROCHA, 2016). Cabe a nós moradores e a sociedade cobrar dos poderes públicos instituídos a implantarem políticas públicas sociais.
REFERÊNCIAS
DIAS, Clímaco. Práticas socioespaciais e processos de resistência na grande cidade: relações de solidariedade nos bairros populares de Salvador. Salvador, 2017. (Doutorado: Programa de Pós-Graduação em Geografia, da UFBA).

ROCHA, Célia Santos. Feira dominical do Nordeste de Amaralina, Salvador/Bahia: uma análise sobre a territorialidade de um espaço do circuito inferior, 2016. (Mestrado: Programa de Pós-Graduação em Geografia, da UFBA).

VIEIRA, João Gabriel Rosas. Relatório de informações, Censo 2010: bairros, Santa Cruz e Nordeste de Amaralina. Disponível em:<http://www.caena.org.br/images/documentos/Relatorio_SantaCruzNorde
steAmaralina.pdf>. Acesso em: 05 dez. 2018.
Registro da Aula Inaugural, 07/12/2017
A Universidade Comunitária do Beco da Cultura é uma instituição educacional com metodologia participativa, que busca valorizar os saberes dos indivíduos, suas realidades e vivências para a construção de novos saberes.
Nesta perspectiva, a UNIBECO foi iniciada no dia vinte e quatro de março de dois mil e dezoito, provisoriamente no CEEP em STI Carlos Corrêa de Menezes Sant’Anna II, com o Curso: Relações Étnico Raciais: Contribuição Para Prática Pedagógica.
Exposição da Profa. Edilza no Auditório do Carlos C. de M. de Sant`Anna II, 2018

A prática pedagógica do curso em questão é alicerçada a partir de debates, exposições sobre a temática mencionada, pesquisas, leituras de textos, produções acadêmicas dentre outras atividades educacionais.
O curso ainda aborda sobre práticas colonizadoras ocorridas no continente africano e em terras brasileiras; culturas dos povos africanos e indígenas que influenciaram na formação das várias línguas e dialetos, artes, religiões e outros aspectos das culturas afro-brasileiras.
Grupo de Trabalho instituído em 1º de dezembro de 2018, para fechar parcerias

Diante do exposto, o curso procura compreender sobre a aplicabilidade das leis 10.639/03; 11.645/08 e 12.288/10 que tratam da História da África, Cultura Afro-brasileira e Indígena nos estabelecimentos de ensino públicos e privados do país. Vale ressaltar que as leis citadas são frutos da alteração da Lei nº 9.394/96, conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Apresentação do Curso: Relações Étnico Raciais p/ estudantes e convidados, 2018